Depois das quedas preocupantes de abril e maio, o mercado imobiliário viu com otimismo sua rápida recuperação. Já em junho, dados do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP) indicaram que as vendas chegaram a 85% do esperado para o mês em São Paulo. Em julho, as vendas de apartamentos novos atingiram 4.341 unidades, número 45,5% superior ao de junho e 21,1% acima do registrado no mesmo mês do ano passado.
Em agosto, novo recorde: as vendas foram 46% maiores do que em julho e 44% maiores que no mesmo mês de 2019, de acordo com relatório do Credit Suisse.
A demanda reprimida durante a pandemia não suspendeu o déficit habitacional de 1,16 milhão de moradias no Estado, segundo a Secretaria de Estado da Habitação de São Paulo. Já o avanço da pandemia e o prolongamento do isolamento social fizeram surgir novas circunstâncias: trabalhando em casa, com os filhos em aulas à distância e o mesmo local sendo compartilhado por toda a família, a busca por mais espaço e mais qualidade de vida na cidade cresceu. Os práticos e econômicos compactos passaram a ser preteridos em relação aos imóveis maiores e próximos às áreas verdes.
“Lançamos duas torres com 243 unidades disponíveis e vendemos 176 em um mês. É surreal. Eu falo para as pessoas virem conhecer, porque é impossível traduzir. Aqui não é um stand de vendas, é uma mostra de decoração, de cultura, de arte, com um trabalho paisagístico impressionante”, conta Luciano Amaral, diretor geral da Benx Incorporadora, parceira da Related Brasil e da Starwood Capital na execução do Parque Global.
Localizado em um terreno de 218 mil metros quadrados na Marginal Pinheiros, entre o complexo Cidade Jardim e o Parque Burle Marx, o empreendimento impressiona: são 58 mil m² de área verde residencial, que conta com cinco torres independentes com apartamentos de 142 a 330 m² e unidades suplex de até 552 m², um shopping center e um complexo de inovação, saúde e educação.
O projeto urbanístico tem como inspiração o Hudson Yards, ícone de Nova York. “Temos profissionais da Itália, Inglaterra, Suíça e outros países trabalhando juntos na concepção arquitetônica, no planejamento e na decoração. Por isso falamos em ‘residências internacionais’, que seguem padrões de qualidade e propostas já utilizadas com sucesso em outros países.” Amaral destaca o uso de vidro na fachada em amplas janelas e o diálogo com a área verde exterior. “Fizemos uma recuperação ambiental no terreno e estamos plantando 3.500 espécies da mata atlântica. Privilegiamos árvores grandes para uma praça de 180 m de comprimento de grama livre e mais um bosque de 1,6 km para caminhadas.”